Goma 1,5m - Uma métrica & Um meio para a vida-Arte
Exposição virtual – https://www.instagram.com/goma_1.5/
Trabalhos expostos:
Assimetria entre epifanias quotidianas e a devoração da Terra
De Néle Azevedo
Instalação
Título: devoração da terra
Dimensões - diâmetro – 1,5m
Materiais: barbante, bacias, formas de empada, barro colhido no Córrego do Feijão em Brumadinho e Bento
Rodrigues em Mariana - MG.
Data: outubro de 2020.
Desenho
Título: epifanias quotidianas - cascas de cebola e de alho
Dimensões - diâmetro – 1,20m (dimensão dos braços da artista)
Data: outubro de 2020.
Proponho um conjunto de trabalhos realizados no âmbito doméstico|ateliê. Uso o círculo como espaço de reflexão
sobre as assimetrias entre uma descoberta pessoal no diário de isolamento e o horror da prática continuada da
devoração da Terra com foco na destruição da topografia em Minas Gerais.
Individualmente experimento epifanias no diário de isolamento, descubro miudezas, resíduos antes desapercebidos
no cotidiano apressado. Apreendo instantes realçados pela luz incidindo sobre as cascas de cebola, alhos e passo a
usar esta matéria viva nos desenhos. Este olhar pro miudinho, pro intimista, pro micro, me sustenta na
compreensão do macro, na compreensão de que nós e a Terra somos uma.
Enquanto isso, e ao mesmo tempo, a velocidade em devorar a Terra aumenta. A Vale/Samarco/ BHP seguem
comendo as montanhas em Minas Gerais. Em plena pandemia de Covid-19, o governo determina que a atividade de
mineração passe a ser considerada essencial, os trens de minério aceleram o lucro e a Vale torna-se uma
corporação. Minas não haverá mais?
Asymmetry between everyday epiphanies and devouring the Earth
By Néle Azevedo
Installation
Title: Devouring the Earth
Dimensions - diameter - 1.5m
Materials: twine, basins, patty forms, clay from the Córrego do Feijão in Brumadinho and Bento Rodrigues in Mariana-MG.
Date: October 2020.
Draw
Title: Everyday Epiphanies - Onion and Garlic Peels
Dimensions - diameter - 1.20m (dimension of the artist's arms)
Date: October 2020.
This is a group of works carried out in the domestic/studio environment. I use the circle as a space to reflect on the asymmetries between personal discovery as a diary of isolation and the horror of the continuous practice of devouring the Earth focusing on the destruction of the landscape in Minas Gerais.
Personally, I experience daily epiphanies during isolation, discover odds and ends, remnants once unnoticed in the hasty daily life. I apprehend instants highlighted by the light falling on onion and garlic peels, then use this living matter in the drawings. This look into the tiny, the intimate, the micro supports me in my understanding of the macro, in learning that we and the Earth are one.
Meanwhile, the speed of devouring the Earth increases. Vale/Samarco/ BHP keep eating the mountains in Minas Gerais. In the midst of the Covid-19 pandemic, the government declares mining an essential activity, mining trains speed up profit and Vale becomes a corporation. Will there be any Minas left?